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8 de fevereiro de 2018

Confusão temporal e espacial

Tudo é confuso, como se estivesse condensado no centro da minha mente. Está tudo comprimido numa tensão enorme, dando lugar a movimentos errantes.

Estou sóbrio, mas enebriado com a realidade, sem me conseguir soltar. É tudo confuso, as opções são imensas nem sei para onde me virar.

Virar à esquerda é interessante, mas porque não ir ver o que há à direita? E ainda há o meio, e aquilo que não vi bem lá atrás. Por onde vou?

Sem nada para fazer durmo para o tempo passar, ocupado o tempo voa.

Tenho isto e aquilo para fazer, ora não me apetece porque a angustia me consome, ora não consigo porque a confusão é brutal. Só me apetece sempre dormir.

Durmo, e a vida esvai-se por entre as fendas do tempo. Esse não perdoa, não espera por ninguém.

Ouço risos dos outros, enquanto escrevo acompanhado de um whisky barato e uns cigarros. Preciso tirar este nó cá de dentro, refugio-me nestas linhas.

É pesado demais, sempre sem conseguir alcançar nem concretizar, tudo que produzo é inconsequente e incompleto.

O trabalho que é imperfeito apesar da exigência máxima e do perfeccionismo, as relações que não tenho apesar de muito as querer e procurar, o dinheiro e sucesso que preciso e ambicionou, mas nunca chega.

Afinal, é o resultado de estar a viver à margem, ou é castigo por demasiada arrogância?

Existe alguém que perceba disto?

Já dizia alguém, acerca de outro assunto, "é como querer nadar sem ter o braço direito"

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