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12 de fevereiro de 2018

Vazio

Qual será o maior vazio da existência humana?

Será o vazio da perda?
O vazio interno?
O vazio que separa o ser do resto da vida e dos demais?

Seja qual for, o vazio, será sempre a origem do desespero e da angústia. Qual cavaleiro da tristeza, montado no cavalo da frustração, galgando os campos da desilusão que levam a lado nenhum.

O vazio faz-me parar para olhar o meu reflexo nas águas calmas do rio da vida. Fugi dos rápidos, abordei a zona onde o rio tende a estagnar, para fazer uma introspecção.
Custa-me encarar o reflexo das águas, não gosto do que vejo, porque o que vejo não é o que pensei vir a ver.

Sinto esta enorme vontade de deixar de existir, porque nada vale a pena, nada presta, tudo é vão e volátil. Depressão? Nem por isso. É a consciência de uma vivência sem fantasia, algo que alguns dirão que é negativismo.

Só espero que nunca me falte o dinheiro para comer e pra tabaco...

Acendo outro cigarro.

É o meu desporto mais regular, acender cigarros. Segue-se o de vaguear pelo telemóvel.
O meu escape é o trabalho.

Está tudo mal.

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