Qual será o maior vazio da existência humana?
Será o vazio da perda?
O vazio interno?
O vazio que separa o ser do resto da vida e dos demais?
Seja qual for, o vazio, será sempre a origem do desespero e da angústia. Qual cavaleiro da tristeza, montado no cavalo da frustração, galgando os campos da desilusão que levam a lado nenhum.
O vazio faz-me parar para olhar o meu reflexo nas águas calmas do rio da vida. Fugi dos rápidos, abordei a zona onde o rio tende a estagnar, para fazer uma introspecção.
Custa-me encarar o reflexo das águas, não gosto do que vejo, porque o que vejo não é o que pensei vir a ver.
Sinto esta enorme vontade de deixar de existir, porque nada vale a pena, nada presta, tudo é vão e volátil. Depressão? Nem por isso. É a consciência de uma vivência sem fantasia, algo que alguns dirão que é negativismo.
Só espero que nunca me falte o dinheiro para comer e pra tabaco...
Acendo outro cigarro.
É o meu desporto mais regular, acender cigarros. Segue-se o de vaguear pelo telemóvel.
O meu escape é o trabalho.
Está tudo mal.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Sabedoria é saber que ter dois ouvidos e uma boca, se te sentes preparado para falar na proporção de 1:2, força!