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29 de janeiro de 2018

Horácio o Retranca

Numa nova abordagem, aqui no blog, dou a conhecer outro lado da minha personagem.
Além da fobia social, existe esta faceta de observador que implica, e cisma, com determinado tipo de gente.

Este texto é inteiramente dedicado aqueles seres que populam a sociedade portuguesa, que vão tirando pequenos dividendos à custa dos outros, aqueles que se contentam com as migalhas dos outros, que se mexem na sombrinha, se fazem de parvos, mas estão sempre à espreita.

Seja ele minhoto, trasmontano, beirão ou alentejano, este é aquele típico ser abominável e mesquinho que habita a nossa sociedade. Esse mesmo que se queixava que anda meio mundo a enganar o outro, como se o mundo todo o perseguisse ou enganasse; esse mesmo que de fininho passa a perna ao próximo, e sem demora há-de alegar que esse outro é que foi burro.

Trabalho com um desses Horácios, isto é o porquê de vir aqui satirizar a besta.

Nunca sabe nada, num momento, para no outro estar cheio de certezas.
Cala-se perante alguém hierarquicamente superior, nunca defende as suas ideias abertamente; espera pela calada para agir e montar a sua teia de interesses.

No passado lerpei por causa de gente desta.
Todos aqueles que estejam na vida de forma franca têm de se acautelar com estes bichos do monte, estes pouco cosmopolitas e básicos.

Eles decoraram comportamentos, carregam essa herança sonda que os pais e os pares lhes ensinaram. Nunca ousaram ser diferentes, ou se o fizeram, foi uma vez e há muito tempo, esmifraram o que podiam e rapidamente se apressaram para a caverna dos sonsos.

Têm medo de tudo, estão carregados de cautelas e desconfiança, o ar é bafiento em seu redor. Usam da malícia para ridicularizar ou rebaixar os outros. Primeiro fazem ninho nas costas do alvo, para depois já mais confiantes, iniciarem a campanha do gozo aberto e perante os demais.

Ainda não aprendi totalmente a lidar com esta casta apodrecida, e é realmente um mistério para mim como é possível que vão conseguindo ter sucesso relativo.
É verdade, tantas vezes os encontramos em posições que não são as que a sua personalidade merece, para os encontrarmos como chefes de secção, capatazes, sub-gerentes ou outro cargo ligeiramente superior (superiorzinho, vá).

Espero que os dias de vento limpem o ar apodrecido, as nuvens se dissipem e a luz ilumine certas mentalidades retrógradas.

Anseio pelo dia em que a sociedade faça a selecção natural, e me elimine a mim ou a eles.

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