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25 de janeiro de 2018

Coimbrinha

O que importa o sítio?

Para onde vamos, connosco vai tudo que está dentro de nós. Os problemas, os receios e anseios, as inseguranças e os medos

O novo ano trouxe a mudança de cidade e de trabalho. Tudo o resto é velho, a vivência negativa, marcada pela solidão, as dúvidas existenciais e a procura pelas respostas antigas.

Este sítio onde me sento para escrever estas linhas, parece que já cá venho desde sempre. Um café, como tantos outros, que frequento há tão pouco tempo mas parece que já é o "meu" café há anos.

O início foi atribulado, com sensações de confusão, muita ansiedade e comportamento errante. Sim, a psicose falou mais alto e tomou conta de mim enquanto me distraí com tudo novo que me rodeava.
Primeiro os medos generalizados, depois a fobia social e o comportamento estranho.

Neste momento em que escrevo já acalmei, após decidir aumentar a dose de anti psicótico. Apesar de saber que não é o melhor caminho, a auto-medicação, tive de o fazer, antes de me perder .

Sigo deambulando por esta nova cidade, que parou no tempo, dita dos estudantes. Sim, eles andam por aí, mas já não têm a preponderância e significado social de outros tempos. Hoje estudar no ensino superior é uma continuação do secundário, chama-se setôr aos professores, e os próprios transformaram-se nisso mesmo.
A exigência social do estudante é diminuta é restrita; noutros tempos ser estudante universitário era uma lição de vida, hoje é só mais uma escolinha como foi a primária e depois o secundário.

Falta portanto a chama a esta cidade, não entusiasma, tudo é anos 80, o que há de moderno é um ponto aqui e ali. À parte das superfícies de comércio.

Cidade adormecida no regaço do Mondego.

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